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Menopausa Precoce: O Alerta Que Veio com o Caso de Naiara Azevedo e Que Toda Mulher Precisa Entender

Por Sacso Brasil  

02/04/2025 13h24 - Atualizado em 02/04/2025 13h28



Crédito: Divulgação


A cantora sertaneja Naiara Azevedo, hoje com 35 anos, revelou recentemente que recebeu o diagnóstico de menopausa precoce quando tinha apenas 28 anos. Ondas intensas de calor, mudanças bruscas de humor e um mal-estar constante foram os primeiros sinais que a levaram a procurar ajuda médica.

 

"Parecia que estava tudo descompensado, acontecendo ao mesmo tempo. Demorei para procurar ajuda porque já não menstruava há anos, então nem pensei que fosse algo relacionado à saúde ginecológica", revelou Naiara em depoimento aberto à imprensa, dando voz a uma condição ainda pouco compreendida e frequentemente ignorada por muitas mulheres.

 

O que é realmente a menopausa precoce?

Menopausa precoce acontece quando a mulher deixa de menstruar de maneira definitiva antes dos 40 anos. E embora se associe naturalmente a menopausa à fase dos 50 anos, a realidade é que milhares de mulheres passam por esse quadro ainda jovens, vivendo em silêncio sintomas que afetam profundamente sua saúde física, emocional e psicológica.

 

O médico nutrólogo e especialista em saúde hormonal, Dr. Francisco Saracuza, explica que, em termos médicos, ela ocorre porque os ovários param precocemente de produzir quantidades suficientes dos hormônios femininos essenciais, principalmente estrogênio e progesterona. Com essa mudança hormonal abrupta, o corpo feminino enfrenta uma transição intensa, que pode acarretar consequências sérias se não identificada e tratada adequadamente.

 

Por que acontece tão cedo com algumas mulheres?

Um dos grandes problemas da menopausa precoce é justamente a falta de entendimento sobre suas causas. Muitas mulheres simplesmente não conseguem relacionar seus sintomas à menopausa justamente por ainda serem jovens.

Entre as principais causas que explicam a menopausa precoce estão:

 

  • Genética e histórico familiar: Mulheres cujas mães ou irmãs tiveram menopausa precoce têm risco mais alto.

 

  • Doenças autoimunes: Condições como lúpus, artrite reumatoide e doenças da tireoide podem acelerar o envelhecimento dos ovários.

 

  • Intervenções médicas: Quimioterapia, radioterapia ou cirurgias que envolvam retirada dos ovários podem antecipar essa transição hormonal.

 

  • Fatores ambientais e estilo de vida: Estresse crônico intenso, tabagismo, exposição excessiva a toxinas e dietas extremamente restritivas podem afetar o funcionamento ovariano.

 

  • Insuficiência ovariana prematura (IOP): Uma condição na qual os ovários deixam de funcionar adequadamente, independentemente da idade da mulher.


Crédito: Divulgação


O perigo de não procurar ajuda



O caso da Naiara Azevedo é emblemático, especialmente porque destaca algo muito comum: a demora em buscar ajuda médica. "Como eu não menstruava há muito tempo, não procurei um ginecologista logo de cara", afirmou a cantora.

 

E aqui está uma questão crítica: muitas mulheres acabam atribuindo os sintomas intensos à rotina puxada, ao excesso de trabalho ou estresse emocional. E enquanto esperam, sem saber, correm riscos reais para a saúde a longo prazo. Entre as consequências mais preocupantes da menopausa precoce não tratada estão:

 

  • Infertilidade permanente
  • Maior risco de osteoporose e fraturas ósseas
  • Aumento do risco cardiovascular precoce
  • Perda de memória e comprometimento cognitivo
  • Ansiedade, depressão e alterações de humor profundas
  • Problemas sexuais e baixa libido, afetando significativamente a autoestima e relacionamentos

 

A importância de um diagnóstico preciso e ágil


O diagnóstico não precisa ser difícil. Uma avaliação médica cuidadosa, exames de sangue específicos para avaliar hormônios (como o FSH e estradiol), ultrassonografia dos ovários e uma investigação clínica detalhada geralmente são suficientes para identificar o quadro.


Quanto mais cedo houver um diagnóstico, melhores serão as possibilidades de tratamento e qualidade de vida.

 

Reposição hormonal: tratamento e qualidade de vida


O Dr. Francisco Saracuza comenta que, ao contrário do que muita gente acredita, menopausa precoce não é uma sentença à baixa qualidade de vida. Com tratamento correto e acompanhamento especializado, é perfeitamente possível recuperar o equilíbrio físico, emocional e hormonal.


A reposição hormonal é uma das ferramentas mais eficientes nesse processo. Ao repor de maneira personalizada os hormônios em níveis seguros e equilibrados, a mulher pode:

 

  • Reduzir significativamente os sintomas desagradáveis como ondas de calor, insônia e irritabilidade.

 

  • Proteger o sistema cardiovascular, reduzindo os riscos associados à falta de estrogênio.

 

  • Melhorar a densidade óssea, prevenindo osteoporose precoce.

 

  • Restabelecer o equilíbrio emocional e psicológico, recuperando o bem-estar.

 

Mas é essencial lembrar: a terapia hormonal precisa ser feita com orientação médica especializada, individualizada e regularmente monitorada.

 

Menopausa não é tabu, é informação e autocuidado


A coragem de Naiara Azevedo em falar abertamente sobre sua menopausa precoce aos 28 anos joga luz em um tema delicado e extremamente necessário. Não apenas por trazer à tona uma discussão profunda sobre saúde feminina, mas também por permitir que milhares de outras mulheres reconheçam sintomas semelhantes e possam buscar ajuda cedo.

 

É hora de abandonarmos preconceitos ultrapassados e entender que menopausa – mesmo quando precoce – não significa o fim da juventude, feminilidade ou qualidade de vida. Muito pelo contrário: com informação correta, tratamento especializado e autocuidado constante, é possível transformar esse diagnóstico em um ponto de virada positivo.

O Dr. Francisco Saracuza conclui: “O primeiro passo para esse caminho é entender o corpo, ouvir seus sinais e jamais deixar de procurar ajuda especializada. A menopausa pode ser precoce, mas a qualidade de vida e a felicidade das mulheres nunca devem chegar tarde demais.”



Crédito: Divulgação


Dr. Francisco Saracuza - CRM 192628 

Médico Especializado em Medicina Integrativa