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Theatro Municipal de São Paulo apresenta Don Giovanni, ópera de Mozart, em montagem circense


Com abordagem que retoma a origem cômica que a inspirou, Don Giovanni contará com elementos do circo e da palhaçaria, colocando o protagonista como uma espécie de ilusionista de seus interesses românticos. A ópera terá direção cênica de Hugo Possolo, conhecido por sua assinatura como mestre do picadeiro, e direção musical de Roberto Minczuk, maestro titular que fará a regência da Orquestra Sinfônica Municipal. Ela será apresentada em sete récitas de 02 a 10 de maio

Por Sacso Brasil 

27/04/2025 15h20 - Atualizado em 27/04/2025 15h23



Crédito: Larissa Paz


Conhecido como um drama jocoso, fruto da parceria profícua entre Wolfgang Amadeus Mozart e o libretista Lorenzo Da Ponte, a ópera Don Giovanni retorna ao palco do Theatro Municipal de São Paulo. Com direção cênica de Hugo Possolo, conhecido por sua assinatura como mestre do picadeiro, e direção musical de Roberto Minczuk, maestro titular que fará a regência da Orquestra Sinfônica Municipal, além da participação do Coro Lírico Municipal, que terá regência de Hernán Sánchez Arteaga. A obra será apresentada em sete récitas: 02/05, 03/05, 04/05, 06/05, 07/05, 09/05 e 10/05. A classificação é não recomendada para menores de 12 anos, duração aproximada de 190 minutos (com intervalo) e ingressos de R$33 a R$210 (inteira).
 

Em Don Giovanni, o “libertino declarado que não oculta sua imoralidade”, como definiu o filósofo Mladen Dolar, temos um protagonista que vive em uma saga de seduções frustradas e acertos de contas com seu passado. Essa trama construída por Da Ponte remonta histórias anteriores de autores como Tirso de Molina, G. Bertati e Molière, o último responsável por Dom Juan, ou Le Festin de Pierre, de 1665.
 

O impacto do escritor de Don Juan será a inspiração mais direta para nova montagem do Theatro Municipal. “Molière fundamental para essa e todas as suas versões. Ele próprio já é crítico à postura do protagonista. Em Da Ponte e Mozart acaba sendo um pouco mais controverso. Mas uma abordagem com o humor do Molière foi o que mais me interessou. É um retorno à origem”, explica o diretor cênico Hugo Possolo.
 

Quando estreou em Praga, em outubro de 1787, Don Giovanni foi aclamada pelo público e pela crítica. Além do texto afiado, a obra recebeu destaque pelo modo como Mozart cria camadas de expressão dramática com recursos musicais únicos. Entre os destaques, a célebre ária do catálogo de conquistas, entoada por Leporello, e a celebração hedonista de Don Giovanni em Fin ch’Han dal Vino, além das feitas pelas protagonistas femininas: Mi Tradì quell’Alma Ingrata, por Donna Elvira, Vedrai, Carino, cantada por Zerlina, e Or Sai Chi l’Onore, interpretada pela personagem da Donna Anna.
 

Nos dias 02, 04, 07 e 10, o elenco será composto por Hernán Iturralde (Don Giovanni), Camila Provenzale (Donna Anna), Anibal Mancini (Don Ottavio), Luisa Francesconi (Donna Elvira), Michel de Souza (Leporello), Carla Cottini (Zerlina), Savio Sperandio (Comendador) e Fellipe Oliveira (Masetto). Já nos dias 3, 6 e 9, os intérpretes serão Homero Velho (Don Giovanni), Ludmilla Bauerfeldt (Donna Anna), Jabez Lima (Don Ottavio), Monique Galvão (Donna Elvira), Saulo Javan (Leporello), Raquel Paulin (Zerlina), Sérgio Righini (Comendador) e Rogério Nunes (Masetto).
 

Nesta montagem, para além da amoralidade com que o protagonista trata a paixão, estarão centrais em cena as mulheres: Donna Anna, uma figura romântica que acredita em Don Giovanni, Donna Elvira, que promete vingança mas fica presa ao protagonista, e Zerlina, personagem de origem popular e é “enfrentativa”. Essas personagens revelarão uma força singular que tanto desafia quanto enquadra Don Giovanni.


Crédito: Larissa Paz


“Há algo tragicamente patético na figura quase arquetípica do conquistador serial, seja ele o Casanova histórico (contemporâneo e amigo de Lorenzo Da Ponte, libretista da ópera) ou o Don Juan da ficção, criado pelo espanhol Tirso de Molina no início do século XVII. Pelas mãos de Hugo Possolo, Piero Schlochauer, Vera Hamburger, Elisa Faulhaber, Miló Martins e outros integrantes da equipe criativa, Don Giovanni escapa das chamas do inferno, mas não da punição terrena”, explica a Superintendente Geral do Complexo Theatro Municipal, Andrea Caruso Saturnino.
 

Para o diretor cênico Hugo Possolo, Don Giovanni tem um protagonista que permite um paralelo direto com os “poderosos machistas, que nos mostram que evoluímos muito pouco”. A ópera ressalta nuances cômicas contrasta com as tragédias reais, ganhando uma versão em parte em português, em parte no original italiano, que busca dialogar diretamente com o público e expor, com ironia e crítica, o fracasso do patriarcado.
 

“A palavra ópera quer dizer uma obra que reúne várias linguagens, como drama e música, além de abrir espaço para outras linguagens da arte cênica como circo”, explica o diretor Hugo Possolo. “Foi muito natural trazer esses elementos festivos e de espetacularidade que combinam com o espírito da criação de Mozart. A dupla Don Giovanni e Leporello tem a ver com as duplas cômicas, que permite uma linguagem popular mais acessível”, pontua.
 

Além disso, a obra contará com trechos recitativos em português. O diretor explica que essa decisão foi tomada a partir de uma abordagem que já foi feita em ópera de diversas línguas e em várias montagens ao redor do mundo.


“Optamos por um diálogo direto e teatral. Como venho do teatro popular, essa linguagem mais direta pode deixar a história mais evidente para o público. A ópera não é elitista, tem que ser para todos”, finaliza.



Crédito: Larissa Paz


Uma obra incontornável na programação operística


Grande parte do repertório operístico em todo mundo, segundo dados do OperaBase, Don Giovanni está entre as dez mais apresentadas. Seu tema e personagens foram de grande impacto para a cultura, inspirando diversos escritores e filósofos. Ela teve sua primeira montagem em São Paulo em 1956 como parte das comemorações do bicentenário de Mozart.
 

Depois disso, Don Giovanni só voltou a ser apresentada no Theatro Municipal de São Paulo nos anos 1990. Nessa década aconteceram três montagens diferentes da ópera: em agosto de 1992 em montagem dirigida por Bia Lessa, cuja estreia aconteceu em Fortaleza em janeiro do mesmo ano; em 1995, com direção cênica da italiana Maria Francesca Siciliani, direção musical e regência do maestro Isaac Karabtchesvsky, cenografia de J.C. Serroni e figurinos alugados do Teatro Colón de Buenos Aires; por fim, em 1999, numa montagem que contou com a participação da Orquestra Experimental de Repertório, regida pelo maestro Jamil Maluf, e do Coro Lírico Municipal.
 

A montagem mais recente do drama jocoso mozartiano no palco do Theatro Municipal de São Paulo aconteceu em 2013. O espetáculo foi trazido do Teatro Municipal de Santiago do Chile e foi dirigido por Pier Francesco Maestrini. Contou com participação da Orquestra Municipal de São Paulo, sob regência do maestro Yoram David, e do Coral Paulistano, sob regência de Bruno Greco Facio.
 

Nesta montagem, a proposta do diretor foi levar Don Giovanni e Drácula ao palco, traçando paralelos entre os dois personagens a partir do ensaio publicado pelo escritor e musicólogo Alessandro Baricco, intitulado Drácula, Sósia de Don Giovanni. Os cenários de Juan Guillermo Nova e figurinos de Luca Dall’Alpi contribuem para criar o clima sombrio da montagem.
 

Serviço


Theatro Municipal - Sala de Espetáculos

Don Giovanni
Drama jocoso em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart e libreto de Lorenzo da Ponte

CORO LÍRICO MUNICIPAL ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL

Sexta-feira, 02/05 às 20h
Sábado, 03/05 às 17h
Domingo, 04/05 às 17h
Terça-feira, 06/05 às 20h
Quarta-feira, 07/05 às 20h
Sexta-feira, 09/05 às 20h
Sábado, 10/05 às 17h

Roberto Minczuk, direção musical
Hugo Possolo
, direção cênica
Hernán Sánchez Arteaga
, regente do Coro Lírico Municipal
Vera Hamburger
, cenografia
Fernando Passetti,
cenógrafo assistente
Elisa Faulhaber
, figurino
Miló Martins
, design de luz
Jorge Garcia
, coreografia
Westerley Dornellas,
visagismo
Piero Schlochauer
, assistente de direção cênica
 

Dias  02, 04, 07 e 10
Hernán Iturralde
, Don Giovanni
Camila Provenzale
, Donna Anna
Anibal
Mancini, Don Ottavio
Luisa Francesconi
, Donna Elvira
Michel de Souza
, Leporello
Carla Cottini
, Zerlina
Savio Sperandio
, Comendador
Fellipe Oliveira
, Masetto
 

Dias 03, 06 e 09
Homero Velho
, Don Giovanni
Ludmilla Bauerfeldt
, Donna Anna
Jabez Lima
, Don Ottavio
Monique Galvão
, Donna Elvira
Saulo Javan
, Leporello
Raquel Paulin
, Zerlina
Sérgio Righini,
  Comendador
Rogério Nunes
, Masetto

Ingressos:
  R$33 a R$210 (inteira).
Classificação:
Não recomendado para menores de 12 anos. Pode conter histórias de agressão física, insinuação de consumo de drogas e insinuação leve de sexo.
Duração aproximada:
  190 minutos (com intervalo)
Patrocínio:
  A récita do dia 06/05 tem patrocínio de IGC. A récita do dia 07/05 tem patrocínio de Bradesco.


SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO


O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
 

O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras).
 

Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado. Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.
 

Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
 

Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
 

Quem apoia institucionalmente nossos projetos, via Lei Federal de Incentivo à Cultura: Shell, Nubank, Bradesco e igc Partners. Pessoas físicas também fortalecem nossas atividades através de doações incentivadas.
 

SOBRE A SUSTENIDOS


A Sustenidos é uma organização referência na concepção, implantação e gestão de políticas públicas na área cultural que já impactou a vida de mais de 2 milhões de pessoas em 25 anos de atuação. Atualmente, é gestora do Complexo Theatro Municipal de São Paulo, do Conservatório de Tatuí e do Musicou, além do projeto especial MOVE e o festival Big Bang. De 2004 a 2021, também foi gestora do Projeto Guri, maior programa sociocultural brasileiro. Eleita pelo prêmio Melhores ONGs a Melhor ONG de Cultura em 2018 e uma das 100 Melhores ONGs do Brasil em 2022, a Sustenidos conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura Municipal de São Paulo e outras, de empresas e pessoas físicas. As instituições interessadas em investir na Sustenidos podem contribuir por verba livre ou através das Leis de Incentivo à Cultura (Federal e Estadual). Pessoas físicas também podem ajudar de diferentes maneiras. Saiba como contribuir no site da Sustenidos.


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